domingo, 24 de outubro de 2010

Verdadeira Mãe de Deus, MARIA

Vejamos agora como a Santíssima Virgem é realmente Mãe de Deus. Para que uma mulher possa dizer-se verdadeiramente mãe, é necessário que subministre à sua prole, por via de geração, uma natureza semelhante (ou seja, consubstancial) à sua.

Suposta esta óbvia noção da maternidade, não é tão difícil compreender de que modo a Virgem Santíssima possa ser chamada verdadeira Mãe de Cristo, tendo Ela subministrado a Cristo, por via de geração, uma natureza semelhante à sua, ou seja, a natureza humana.

A Escritura nos diz expressamente que Maria é a Mãe de Jesus: “Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo”, (Mt. 1,16). “Estavam junto à cruz de Jesus, sua Mãe…” (Jo. 19,25) “Com Maria, a Mãe de Jesus…” (At. 1, 14). Jesus nos é apresentado como concebido pela Virgem (Lc. I, 31) e nascido da Virgem (Lc. II, 7-12).

Mas, Jesus é verdadeiro Deus, como resulta do seu próprio e explícito testemunho, confirmado por milagres, pela fé apostólica da Igreja, pelo testemunho de São João, etc. Para se poder negar sua divindade, não há outro caminho senão rasgar todas as páginas do Novo Testamento.

Ora, se Maria é verdadeira Mãe de Jesus e Jesus verdadeiro Deus, segue-se necessariamente que Maria é verdadeira Mãe de Deus. São Paulo ensina explicitamente que, “Chegada à plenitude dos tempos, Deus mandou seu Filho, feito de uma mulher”. (Gal. IV, 4). Por estas palavras, manifesta-se claramente que Aquele que foi gerado desde toda a eternidade pelo Pai é o mesmo que foi depois gerado no tempo pela Mãe; mas aquele que foi gerado desde toda a eternidade pelo Pai é Deus, o Verbo. Portanto, também o que foi gerado no tempo pela Mãe é Deus, o Verbo.

Ainda mais clara e explícita é a expressão de Santa Isabel. Respondendo à saudação que Maria lhe dirigiu, Santa Isabel, inspirada pelo Espírito Santo disse cheia de admiração: “E como me é dado que a Mãe de meu Senhor venha a mim?” (Luc. I,43).

A expressão meu Senhor é, evidentemente, sinônimo de Deus, pois que, em seguida, Isabel acrescenta: “Cumprir-se-ão em Ti todas as coisas que te foram ditas da parte do Senhor”, ou seja, da parte de Deus. Isabel, portanto, inspirada pelo Espírito Santo, proclamou explicitamente que Maria é verdadeira Mãe de Deus.
--------------------------------------------------------------------------------
O sim de Maria veio acompanhado de uma declaração de humildade: "Sou a serva do Senhor" (Lc 1,38). Volto a citar São Bernardo: "Que sublime humildade é esta que não soube ceder às honras e não sabe orgulhar-se na gloria! É escolhida para ser a Mãe de Deus e se proclama a serva. É certamente sinal de grande humildade não se esquecer de ser humilde quando é oferecida tamanha glória. Não é grande coisa mostrar-se humilde quando se é desprezado; ao contrário, é virtude insigne e rara ser humilde quando se é honrado".



Nenhum comentário:

Postar um comentário